Governo moderniza locomotivas e vagões de modal do Estado 01/12/2020 - 11:10

O governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou nesta terça-feira (1º) o primeiro pacote de revitalização e modernização das locomotivas e vagões da Ferroeste. Foram atualizadas três das 14 locomotivas e dez dos 245 vagões da empresa pública no lote 1 desse pacote. O investimento global foi de R$ 1,4 milhão. A expectativa é modernizar a frota ferroviária para atender a Safra 2020/2021, estimada em 24,3 milhões de toneladas de grãos.

As melhorias envolveram chapeação, pintura, revisões na parte elétrica, restauração dos motores de tração, acabamentos internos para auxiliar a ergonomia do maquinista, e pintura com novo layout padrão de Comunicação do Governo do Paraná.

“Essa revitalização das locomotivas ajuda na capacidade de transporte de carga do nosso agronegócio, dos grãos e das carnes dos frigoríficos do Oeste e da região Central que vão para todo o mundo”, afirmou Ratinho Junior. “A Ferroeste é lucrativa e vem se modernizando. Mais do que deixar seus ativos mais modernos, é uma demonstração de que eles são importantes para o Paraná. O Estado tem o agronegócio mais competitivo do mundo e tem a obrigação de ser o melhor da roça até o escoamento”.

Segundo o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, a Ferroeste está sendo modernizada para atender o crescimento da produção do agronegócio e para potencializar ainda mais os portos paranaenses. “Queremos tornar o Paraná um Estado logístico, eficiente em todos os modais, e a Ferroeste se soma a essa programação para bater novos recordes de movimentação nos próximos anos, espelhando o resultado alcançado em 2020, com 53 milhões de toneladas”, disse o secretário.

O diretor-presidente da Ferroeste, André Gonçalves, disse que esse investimento foi pensado para dar conta do avanço de 2021. “É uma reforma completa dos vagões e das locomotivas, simbolizado no novo layout”, afirmou. Esse investimento, acrescenta, é parte do maior pacote de melhorias da história da empresa estatal, estimado em cerca de R$ 35 milhões. “Há 30 anos não se investia tanto no modal ferroviário no Paraná”.

As melhorias na operação diária da empresa englobam R$ 1 milhão na construção de um parque fotovoltaico para reduzir em 50% os gastos com energia elétrica; R$ 1 milhão para resolver os nove pontos críticos do trecho Guarapuava-Cascavel, diminuindo as restrições de velocidade e melhorando a eficiência do transporte; e R$ 3 milhões com apoio de Itaipu Binacional para a contratação dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) dos terminais de Cascavel (novo plano-diretor para modernização do terminal, preparando a estrutura para a ferrovia Maracaju-Paranaguá) e Foz do Iguaçu (análise de localização para complementar as obras em andamento no município, tirando os caminhões do Centro).

COTRIGUAÇU – No mesmo evento, a Cotriguaçu anunciou um investimento de cerca de R$ 10 milhões na ampliação do terminal de contêineres frigorificados. A empresa movimenta cerca de mil contêineres por mês. Com a modernização, a expectativa é que sejam movimentados de 1,3 mil a 1,5 mil/mês. A ampliação gerará ao menos 20 empregos diretos e o prazo para a conclusão da ampliação é de seis meses.

A Cotriguaçu, formada pelas cooperativas C.Vale, Copacol, Coopavel e Lar, mantém dois terminais dentro da Ferroeste, um para recebimento de grãos e um de contêineres refrigerados. Esse investimento estava represado há quatro anos e foi desenrolado com a atuação da Ferroeste junto ao setor produtivo, se somando a outros R$ 200 milhões aportados pelo grupo nos últimos anos.

“É uma área de 15 mil metros quadrados que já fazia parte do nosso parque. Estamos investindo em Cascavel desde 2013. Empregamos 120 pessoas diretamente, temos diversos parceiros indiretos, e estamos investindo cada vez mais com tecnologia automatizada, que agiliza o nosso trabalho”, afirmou o superintendente da Cotriguaçu, Gilson Anizelli.

A câmara frigorífica tem habilitação para abastecer o mercado interno e a União Europeia, Chile, Japão, Argentina, Paraguai e Uruguai. Ela possui capacidade de armazenagem de 10 mil toneladas de produtos congelados. Conta, ainda, com dois túneis de recuperação de frio com capacidade para 70 toneladas estáticas; pátio de contêineres com 132 tomadas frigorificadas e espaço para armazenamento de 400 contêineres vazios; e pátio rodoviário com tomadas frigorificadas com capacidade para 32 caminhões.

O armazém graneleiro da Cotriguaçu tem capacidade de armazenagem de 140 mil toneladas e uma moega ferroviária para descarga/recepção de produtos, além de quatro moegas rodoviárias, sendo duas com tombadores e duas para basculantes, pátio asfaltado para 100 caminhões, com estrutura completa para o motorista, e desvio ferroviário duplo com capacidade de 25 vagões.

“Esses R$ 10 milhões são parte de um reforço imediato, mas serão mais R$ 250 milhões ou R$ 300 milhões nos próximos anos. O agronegócio cresce 5% ao ano. Se o terminal de congelados tem capacidade para 10 mil toneladas, temos que planejar 20 mil. Por isso esses investimentos, para atender à necessidade de crescimento”, afirmou o diretor-presidente da Cotriguaçu e presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. “E precisamos da Nova Ferrovia para os próximos anos. Cascavel se prepara para ser o maior entroncamento multimodal do País”.

A Cotriguaçu conta, ainda, com um Moinho de Trigo em Palotina, no Oeste, com armazenagem de grãos em silos de alvenaria com capacidade de 50 mil toneladas, e um terminal portuário em Paranaguá, com seis armazéns com capacidade estática de 210 mil toneladas e duas linhas de embarque com capacidade de 2 mil toneladas/hora cada.

PRESENÇAS – Participaram do evento o secretário de Administração e da Previdência, Marcel Micheletto; o prefeito Leonaldo Paranhos; o deputado estadual Gugu Bueno; prefeitos de municípios da região; diretores da Ferroeste; o presidente da Câmara de Vereadores de Cascavel, Alécio Spinola; e o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, Fernando Furiatti.

Box

Investimentos se somam ao reforço operacional na exportação

Os investimentos públicos e privados na Ferroeste, que tem 14 empresas operando em 1,7 milhão de metros quadrados, são parte fundamental do recorde de 53,382 milhões de toneladas de cargas movimentadas alcançado pelos portos paranaenses (Paranaguá e Antonina) em 2020. O volume é o maior da história. A previsão é que apenas o mês de novembro feche com 4.459.487 de toneladas movimentadas.

Cerca de 65% da movimentação dos portos paranaenses, entre janeiro e outubro deste ano, foram de produtos de exportação: 38,1 milhões de toneladas de cargas. O volume nesse sentido do comércio exterior é 13% maior que o registrado no mesmo período, em 2019 (28,2 milhões de toneladas). As importações somaram 17,1 milhões de toneladas, cerca de 4% mais que no ano passado, com 16,4 milhões de toneladas.

Mais de 66% das exportações e importações corresponderam a granéis sólidos. Foram quase 32,5 milhões de toneladas de grãos, movimentadas entre de janeiro e outubro de 2020. No ano anterior, o volume alcançou 29,6 milhões de toneladas (alta de 10%). Nesse segmento, destaque para o aumento de 78% registrado no volume de açúcar embarcado.

“Iniciamos a semana com o recorde de movimentação em Paranaguá, faltando 31 dias para encerrar o ano. Em 2019 já havíamos alcançado um recorde, mas ele aconteceu no dia 31 de dezembro. Foi uma superação em um ano de pandemia. E para aumentar esse número precisamos de mais infraestrutura, de novos investimentos privados”, complementou o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.

Últimas Notícias