Entidades se preparam para reunião com diretor da EPL, Bernardo Figueiredo 18/10/2012 - 15:07

O Fórum Permanente Futuro 10 Paraná promoveu, na manhã desta quarta-feira (17/10), na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, uma reunião preparatória para discutir as propostas que serão apresentadas ao diretor-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, em encontro que deverá ocorrer no início de novembro. Participaram membros do Conselho Diretivo, do qual fazem parte os presidentes das entidades que compõem o Fórum, e os integrantes do Comitê Executivo. As atividades foram conduzidas pelo coordenador do Conselho Gestor, Guilherme Cunha Pereira.

Mobilização – O assessor da diretoria da Fiep, João Arthur Mohr, fez um breve relato sobre as ações do Fórum na área de infraestrutura, a partir do lançamento do Programa de Investimentos em Logística, feito pelo governo federal no último mês de agosto e que inicialmente contempla obras em rodovias e ferrovias. Desde então, representantes do Fórum já participaram de encontros com a ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann e com o próprio Bernardo Figueiredo para debater as melhores alternativas de transporte ferroviário que permitam fazer o escoamento da produção de forma mais eficiente e com menor custo.

Propostas - Segundo Mohr, o encontro com Figueiredo pré-agendado para o mês que vem será destinado a tratar especificamente das ferrovias que cortam o Estado, mas que devem beneficiar também o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e até mesmo o Paraguai. Serão apresentadas três propostas: a criação de um novo traçado da malha ferroviária, que permita fazer o percurso direto de Guarapuava até o porto de Paranaguá; a retirada dos trilhos de trem que atravessam a cidade de Curitiba com a criação do Contorno Extremo Oeste de Curitiba e a mudança de traçado da Ferrovia Norte Sul que, ao invés de passar pelo leste do Estado, como propõe o governo federal, contornaria a região Oeste, passando por Maringá, já que é onde se concentram as áreas de maior produção e consumo de grãos, como o milho, por exemplo.

Expectativa - “Acho que o próximo encontro com o diretor-presidente da EPL vai ser importante e tenho a impressão que teremos uma definição sobre o que estamos pleiteando. As discussões preliminares nos levam a crer nisso. A participação do Fórum tem sido fundamental e esse entendimento com o governo federal poderá resultar numa solução importante para o Paraná”, disse o presidente da Fecomércio, Darci Piana.

Inovação – A inovação foi outro tema tratado na reunião ocorrida nesta quarta-feira na sede da Ocepar. Com a sanção da Lei de Inovação do Paraná, no dia 24 de setembro, a expectativa agora é com a sua regulamentação. “O governo do Estado assumiu o compromisso de regulamentá-la até o dia 15 de novembro”, informou o gerente da área de inovação da Fiep, Filipe Cassapo. “A discussão sobre a inovação é oportuna nesse momento, visto que todas as entidades estão elaborando os seus planos de ação para 2013”, disse o superintendente da Ocepar, José Roberto Ricken.

UFPR – O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Zaki Ackel Sobrinho, avaliou positivamente a lei estadual de inovação. “A sanção da lei para nós foi, de fato, uma alegria. O Estado estava muito atrasado mas, pelo que soubemos, trata-se de uma legislação inovadora, que absorveu o melhor que existe entre as leis de inovação já existentes no país. Ou seja, nós saímos atrás mas acho que vamos rapidamente recuperar isso. Agora, esperamos que a regulamentação da lei seja célere também para poder colocá-la em prática no ano que vem.”, afirmou.

Contribuição - Ackel disse ainda que há um grande potencial de contribuição da academia para o setor produtivo e vice-versa nessa área. “Precisamos romper as barreiras, quebrar preconceitos que existem. Nós temos a nossa agência de inovação da universidade, que vem fazendo um trabalho excelente de aproximar-se da sociedade, em especial do setor produtivo. Passamos de duzentas patentes depositadas pela universidade, o que é uma marca histórica”, frisou. “Temos já mais de 10 contratos de transferência de tecnologia. Quando assumi como reitor da UFPR, há quatro anos, era apenas uma e agora já temos 11 contratos de transferência de tecnologia, o que representa transformar esse conhecimento em avanço para a sociedade e desenvolvimento econômico para o Estado. Eu acho que temos muito a crescer. Acredito que agora, com a lei e com o interesse pelo Fórum Futuro 10 nessa temática, nós vamos dar um salto”, acrescentou.

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