Ferroeste compra locomotivas e amplia em 50% a capacidade de operação 09/01/2014 - 13:47

A Estrada de Ferro Paraná Oeste (Ferroeste) adquiriu, pela primeira vez em sua história, duas locomotivas próprias. A operação vai permitir que a empresa aumente em 50% a capacidade de transporte em 2014. As novas máquinas foram compradas da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), de Minas Gerais. O investimento foi de R$ 2,2 milhões.
“Foi um longo período de negociação. Mas com essa grande conquista, conseguiremos alavancar ainda mais a infraestrutura e o transporte ferroviário de todo o Paraná”, disse o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
O investimento será feito com recursos próprios da Ferroeste. “É um grande passo para a Ferroeste e todo o Estado, já que com as novas locomotivas o escoamento dos produtos ficará mais rápido na região Oeste”, explicou Richa Filho.
Segundo o secretário, graças a um novo modelo operacional, a direção da empresa obteve avanços importantes para a logística ferroviária paranaense em 2013.
A Ferroeste não tinha locomotivas próprias. As sete máquinas utilizadas pela empresa, sendo uma de manobra, são alugadas e não têm a potência das duas novas. As máquinas devem começar a operar a partir de fevereiro desse ano.
CAPACIDADE
A capacidade de tração da Ferroeste, atualmente, é de 8.100 HPs de potência. “As novas locomotivas, sozinhas, têm 4.000 HPs”, disse o diretor-presidente da empresa, João Vicente Bresolin Araujo.
“Além das duas novas aquisições, a diretoria da Ferroeste continuará buscando novos empreendimentos para melhorar ainda mais o escoamento da produção paranaense”, destacou Araujo. “O transporte de Cascavel a Guarapuava, que chegou a 12 horas, baixou para 9h30”.
AGILIDADE
Araújo ressalta ainda o acordo que possibilita à Ferroeste levar as locomotivas de Cascavel e Ponta Grossa. Assim os trens não ficam mais parados em Guarapuava aguardando conexão. “Isso vai possibilitar uma melhoria de 28% na produção da empresa sem a necessidade de investimento em locomotivas e vagões”.
Antes do acordo, a Ferroeste dependia das locomotivas da América Latina Logística (ALL) para fazer o transporte de Guarapuava até Ponta Grossa, pois o contrato não permitia a passagem pelos trilhos neste trecho.
Em 2014 devem ser iniciados os processo da extensão da Ferroeste entre Guarapuava e Paranaguá e de Cascavel a Maracaju (MS). A empresa também trabalha com a possibilidade operar o trecho da ferrovia Norte-Sul que vai cortar o Paraná, cujo traçado será definido pelo governo federal.

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