Governo federal quer licitar extensão da Ferroeste em maio 27/03/2013 - 15:00

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seil) informou ontem que está acertada a ideia de a Empresa de Planejamento e Logística (EPL) licitar a ligação ferroviária entre Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e Cascavel e Engenheiro Bley, aqui no Paraná, no mês de maio.
Segundo informações do presidente da EPL, Bernardo Figueiredo, à revista especializada Rodovias&Vias, há a intenção também de licitar, logo na sequência, o novo trecho até o Litoral. A obra é uma reivindicação antiga do setor produtivo do estado e uma importante opção para o escoamento da produção agrícola do Paraná para outros países, pelo Porto de Paranaguá. Para isso, porém, é preciso que o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), em execução pela Valec, seja concluído até abril.
Histórico
As duas propostas entraram tardiamente no Programa de Investimentos em Logística (PIL) do governo federal para rodovias e ferrovias, lançado em outubro de 2012. À época, a ausência dos projetos do Paraná no programa causou reações do setor produtivo e do governo do estado.
Mas o “mal-entendido” foi resolvido semanas depois, em novembro, numa reunião do Fórum Permanente de Desenvolvimento, de empresários e entidades da sociedade civil paranaense, e lideranças estaduais com Figueiredo e a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Com a ajuda de última hora de um projeto básico formulado pelo Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), a entrada dos dois trechos no PIL foi garantida, desde que o governo estadual viabilizasse um EVTEA para encontrar o melhor traçado do novo trecho até Paranaguá – isso porque, invariavelmente, os trilhos cortarão um trecho de Mata Atlântica na Serra do Mar.
Segundo a Seil, no entanto, essa tarefa não é mais do governo estadual. Teria sido incluída nos estudos de Maracaju (MS) - Cascavel (PR), licitados pela Valec em dezembro do ano passado e em execução pela curitibana Vega Consultoria, por R$ 3.912.292,29. O edital da concorrência do qual fazia parte o trecho, no entanto, não inclui, oficialmente, o trecho até Paranaguá nos estudos.
Falta de transparência
A reportagem conversou com a Valec, via assessoria de imprensa, para saber se o trecho até Paranaguá está ou não incluído nos estudos da Vega, mas a estatal disse que não há como confirmar. Com o novo papel de gerenciar as ferrovias, o planejamento passou para a EPL, e a Valec estaria apenas “terminando a sua parte”, dando continuidade às licitações marcadas antes das mudanças de logística do governo federal.
A reportagem também tentou contato com a Vega, mas a pessoa responsável pelo controle das licitações na empresa está em viagem ao exterior.

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