Integração dos sistemas vai gerar ganho de gestão para a Ferroeste 26/07/2013 - 17:50

Para tratar da integração dos sistemas de informação das estações de Cascavel e Guarapuava com o escritório em Curitiba, o presidente da Ferroeste, João Vicente Bresolin Araújo esteve na Celepar, nesta quarta-feira (24), reunido com o presidente Jacson Carvalho Leite. Segundo Araújo, com este medida, e em função da ligação por fibra óptica da Copel, será possível acompanhar de maneira fácil e rápida o movimento diário na Ferroeste.

Com integração dos sistemas desenvolvidos pela Celepar, de acordo com Araújo, a empresa terá um grande ganho de gestão. Jacson Leite colocou também à disposição de Araújo a experiência da Celepar na elaboração de cases de Business Intelligence (BI’s) “para auxiliar os gestores nas tarefas de planejamento, execução e acompanhamento das ações implementadas em favor da Ferroeste”.

Novos projetos

João Vicente Araújo apresentou ao presidente Jacson Leite os novos projetos da Ferroeste, afirmando que o setor ferroviário paranaense passará por uma grande transformação e ampliação em 2014. A Ferroeste, como explicou Araújo, já tem traçado definido entre Maracaju, no Mato Grosso do Sul, até Engenheiro Bley, na Lapa. E, em breve, será concluído o projeto do ramal que liga até o Porto de Paranaguá e à futura zona portuária de Pontal do Paraná.

A médio prazo, destacou ele, o Paraná terá uma ferrovia de mais mil quilômetros com capacidade de transportar cerca de 40 milhões de toneladas de grãos ao ano. Este volume – que supera a atual capacidade de transporte - representa quase a metade da safra paranaense deste ano.

A nova modelagem da Ferroeste está em discussão entre o Governo do Paraná e a União.

Depois de 25 anos, a ferrovia - restrita entre Cascavel e Guarapuava – chegará ao Litoral, levando a produção do Oeste e de parte do Noroeste do Paraná, além das safras sul-mato-grossenses, mato-grossenses e paraguaias.

Com isto, virão investimentos que somam mais de R$ 7 bilhões na modernização da ferrovia paranaense. O aporte será para aprimorar o atual traçado, construir novos trechos, além da aquisição de maquinários mais modernos.

Ferroeste

A Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. – Ferroeste, sociedade de economia mista que tem no Governo do Paraná seu maior acionista, foi criada em 15 de março de 1988. Em outubro do mesmo ano, recebeu a outorga da concessão para construir e explorar a ferrovia. A empresa detém a concessão, conforme Decreto do Governo Federal nº 96.913/88, para construir e operar uma ferrovia entre Guarapuava, Estado do Paraná, e Dourados no Estado do Mato Grosso do Sul, servindo os produtores do Oeste e extremo Oeste paranaense, o Mato Grosso do Sul, Paraguai e norte da Argentina.

Concebida principalmente para transporte de grãos agrícolas e insumos para plantio, a Ferroeste, denominada no passado de "Ferrovia da Soja" e "Ferrovia da Produção", teve sua construção iniciada em 15 de março de 1991. A obra foi construída pelo governo paranaense em parceria com o Exército Brasileiro, entre 1991 e 1994, e custou US$ 360 milhões, pagos integralmente com recursos do Estado. O primeiro trecho implantado foi o de Guarapuava a Cascavel, com 248,6 quilômetros.

Pelos trens da Ferroeste são escoados, anualmente, cerca de 1,5 milhão de toneladas, principalmente grãos (soja, milho e trigo), farelos e contêineres, com destino ao Porto de Paranaguá, no Litoral do Estado. No sentido importação, a ferrovia transporta principalmente insumos agrícolas, adubo, fertilizante, cimento e combustíveis.

A orientação básica da Ferroeste é reduzir os custos logísticos do escoamento da produção. O objetivo é oferecer tarifas baratas tanto para grandes quanto para médios e pequenos produtores. E o mesmo vale para as empresas transportadoras de cargas.

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