Locomotivas para atender demanda 31/01/2011 - 15:20

A Ferroeste (Ferrovia Oestedo Paraná S.A) com 240 quilômetros de extensão entre Guarapuava e Cascavel, mais40 quilômetros de desvios é responsável por parte do escoamento da produção agrícolado Oeste em direção a Ponta Grossa e ao Porto de Paranaguá,e pelo envio de calcárioda Região Metropolitana de Curitiba para o Oeste.A quantidade de locomotivas – seis de traçado e uma de manobra – não é suficiente para atender a demanda crescente.De acordo com o presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, seriam necessárias 14 locomotivas. “Só não temos volumes maiores porque temos um problema crônico dentro da Ferroeste,falta de locomotivas. As que temos são dos anos 50 e estão trabalhando no limite”, explica. No dia 14 de janeiro deste ano três novas locomotivas dos anos de 1980/90 entraram em operação, porém vão operar por apenas 60 dias para atender aos contratos firmados em fevereiro. A partir de março, segundo Querino, a Ferroeste vai em busca de mais oito locomotivas. “Estamos em negociação com três fornecedores do Brasil e dois internacionais”. E 2011 será marcado por mudanças na Ferroeste, promete Querino. O volume médio de mercadorias transportadas pelos trilhos da Ferroeste em 2010 foi de 78 mil toneladas/mês. Número que em janeiro de 2011 saltou para 105 mil toneladas. E já para fevereiro estão contratadas para serem transportadas 160 mil toneladas. “Estamos buscando parceiros para atender nossos clientes”. O custo da locação de cada locomotiva a partir de março deve ficar entre R$ 35 mil a R$ 40 mil. Os que passaram a funcionar este mês têm valor de locação em forma de permuta com a ALL (América Latina Logística) de R$ 28 mil/ mensais.

Ampliação dos trilhos. O Paraná e o Mato Groso do Sul estão solicitando junto ao governo federal um valor, que segundo o presidente da Ferroeste, é de direito do Estado e da Ferroeste, porque foram colocados no PAC e o dinheiro foi alocado para o governo de São Paulo. “Em 2010 perdemos R$ 540 milhões que poderiam ter vindo para a Ferroeste”. O dinheiro que foi parar em São Paulo seria para atender em torno de 130 quilômetros, entre Guarapuava a Ipiranga. “Hoje vindo este dinheiro seria usado de Guarapuava a Engenheiro Bley”. A proposta de ampliação da malha ferroviária da Ferroeste ligando o Mato Grosso do Sul não está descartada pelo novo presidente. Equipes de engenharia do Exército trabalharam no mapeamento do trecho que resultaria na criação da Ferrosul. “O Exército tem interesse em voltar a operar obras desta linha, estamos em negociações também com bancos internacionais e uma construtora brasileira, juntamente com o PAC”, explica Querino. No fim da tarde desta quarta-feira (26) a Ferroeste retomou as conversas com o Exército.

Necessidade. O presidente da Ferroeste diz que o Porto Seco tem que funcionar urgentemente em razão dos contratos que estão sendo fechados com um grupo paraguaio. São 200 mil toneladas de soja de exportação e 100 mil toneladas de importação de adubos para 2011. No sábado (22) durante reunião no Paraguai houve o acordo para a operação de até 2 mil contêineres de importação para o segundo semestre de 2011 e início de 2012. “Já começamos o mês de fevereiro a operar com dez contêineres do Paraguai”, diz Querino. “Eles sabem que pode demorar porque o Porto Seco está em processo de liberação”, acrescenta. Querino disse ainda que a ampliação do número de locomotivas não significa que a Ferroeste tenha por objetivo concorrer com o transporte rodoviário. “Se eu tenho mais máquinas preciso de mais mercadorias e o caminhão fica fazendo o serviço no entorno de Cascavel e assim estará consumindo combustível dentro da cidade e o benefício para a região é muito grande”.

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